“Eu sei quem eu sou e quem posso ser, se eu desejar”. Miguel de Cervantes

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Temas de Redação Enem 2017: confira o resumo dos temas mais cotados

Anote aí os temas quentes para treinar:

1 - Ciberbullyng;

2 - Homofobia;

3 - Mobilidade Urbana;

4 - Sistema Prisional;

5 - Ativismo nas Redes Sociais;

6 - Envelhecimento Populacional;

7 - A Família no Século XXI.


Resumo dos temas

1 – Ciberbullying e outros crimes virtuais

Grande aposta de muitos professores como Tema de Redação Enem 2017, esse assunto percorre diversas discussões que estiveram presentes nas notícias e nas casas de muitos brasileiros este ano. O recorrente contato dos jovens com o mundo virtual, o que impulsiona o Ciberbullying, e o aumento da depressão entre os jovens são questões de extrema preocupação social. A série da Netflix “13 reasons why”, febre entre os jovens, retratou, neste ano, de forma bastante explícita essas duas questões. A grande audiência da série somada ao caso real da Baleia Azul, o qual faz parte dos nomeados crimes virtuais, preocuparam o Brasil e fazem olhar de maneira mais cuidadosa para os jovens.  O aluno, ao se deparar com um tema como esse, pode argumentar que a escola e a família possuem papéis distintos mas complementares no processo de conscientização acerca do Ciberbullying e dos crimes virtuais, além de sugerir que o aumento da depressão entre os jovens seja tratado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública, devendo ser visto como foco de combate. (Alana Vivas, consultora pedagógica do SAS)

2 – Homofobia e sua criminalização no Brasil

No ranking de países que mais matam pessoas LGBTs, o Brasil se encontra em uma das primeiras posições. Nos últimos anos, a homofobia vem apresentando grande preocupação e comoção universais e pode ser Tema de redação Enem 2017, visto que questões relacionadas aos direitos humanos comumente são abordadas na prova. A proposta envolvendo a criminalização da homofobia, que não foi homologada pelo senado até então, traz à tona esse assunto, além de que as recentes discussões a respeito da liminar que autoriza psicólogos a oferecerem tratamentos de reversão sexual, a chamada “cura gay”, e a presença de uma personagem transexual em uma novela mostram que o tema está sendo discutido pelos brasileiros de maneira bastante calorosa. Um dos possíveis argumentos contra a criminalização da homofobia no Brasil poderia ser o de que, no artigo 5º da Constituição, “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Sendo assim, o respeito aos homossexuais já seria assegurado pela lei. Porém, caso o aluno opte por argumentar a favor da criminalização, ele poderia alegar que a realidade brasileira não condiz com o que é esperado pela Constituição, visto que a cada 25 horas uma pessoa LGBT é assassinada no país, segundo levantamentos realizados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), e que a punição pelo crime de ódio contra os homossexuais teria o objetivo de reduzir esses números e garantir efetivamente o direito desses indivíduos. (Alana Vivas, consultora pedagógica do SAS)

3 – Os desafios da mobilidade urbana

A mobilidade urbana é um notável desafio nas principais cidades do Brasil. O crescimento da população nos principais polos urbanos somado à precariedade dos serviços de transporte público geram trânsito intenso e, consequentemente, desconforto para os indivíduos que necessitam se transportar ao seu trabalho e despendem horas de seu dia em deslocamento. Além disso, conforme cresce o número de carros nas ruas cresce a quantidade de acidentes de trânsito e de problemas ambientais. O aumento da tarifa de transporte público, por sua vez, gera indignação social e manifestações contra esses ajustes, já que os meios de transporte de muitas cidades brasileiras não atendem adequadamente às necessidades da população. Todo esse contexto torna esse tema bastante atual e propício a propostas de intervenção no momento da redação. O aluno, ao se deparar com ele, pode contextualizar a situação nas grandes cidades, usando como exemplo o descontentamento social e o surgimento de transportes alternativos, como os aplicativos de mobilidade.  E, para concluir a Redação, você poderia sugerir que, para reverter a situação, algumas soluções seriam procurar conscientizar a população em relação ao constante uso dos automóveis, persistir em rodízios e implementá-los onde ainda não existem, e investir em um transporte público de qualidade, que seja conivente com o número de habitantes do local. (Alana Vivas, consultora pedagógica do SAS)

4 – O sistema prisional brasileiro

O assunto esteve em alta no nosso país principalmente no início deste ano. Acontecimentos envolvendo presídios em vários estados do Brasil demonstraram uma intensa fragilidade no sistema carcerário brasileiro, gerando discussões e especulações acerca de seu funcionamento, dentro e fora do país. A guerra entre facções criminosas ocasionou centenas de mortes, além da sensação de instabilidade e insegurança por parte da população. Manaus, Roraima e Rio Grande do Norte foram os principais palcos dos tumultos deste ano. Outra ocasião que chamou a atenção dos brasileiros foram as grandes fugas de presidiários, que ocorreram principalmente nos estados de São Paulo e do Rio Grande do Norte. Somadas a todos esses conflitos, a superlotação dos presídios e as condições de vida dos indivíduos que lá habitam tornam esse contexto próprio para propostas de intervenção social por parte do estudante, o qual pode sugerir que haja uma melhoria na estrutura e na inspeção dos locais, diminuindo a precariedade, levando condições de vida dignas às pessoas e controlando efetivamente o que ocorre dentro dos presídios. Além disso, outra intervenção seria a de implementar efetivamente projetos de educação e recolocação do indivíduo na sociedade, visto que a falta dessas ações faz com que o preso, após cumprir a pena, tenha uma grande chance de voltar ao cárcere por não possuir perspectivas de ressocialização, causando a maximização do problema da superlotação. (Alana Vivas, consultora pedagógica do SAS)

5 – Ativismo nas redes sociais

Por meio das redes sociais, os indivíduos expressam suas opiniões, debatem sobre questões relevantes e organizam-se em busca de seus ideais. Pode virar Tema de Redação Enem 2017. Ciberativismo é o nome que damos ao ativismo social e político desenvolvido dentro das redes sociais, o qual vem crescendo no Brasil e no mundo por meio de diversas manifestações iniciadas e/ou potencializadas por esses meios. Essas manifestações podem ser organizadas pelos integrantes dentro da web, com o objetivo de serem realizadas nas ruas, como também podem acontecer unicamente por meios virtuais. Em muitas ocasiões, quando um acontecimento gera indignação social, grande parte da população se manifesta pela internet, estimulando outras pessoas a fazerem o mesmo e chamando a atenção para as suas demandas e indagações. Um exemplo disso aconteceu este ano, no momento em que a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal, teve início. As operações tiveram uma visível repercussão nas redes sociais, e a indignação da população pôde ser percebida e sentida em todo o país.
Dessa forma, o aluno pode discutir a importância do Ciberativismo como instrumento de manifestação popular, visto que esse meio dá voz à população, mas pode comentar inclusive sobre os cuidados que as pessoas devem tomar em relação às suas atitudes nas redes, como o compartilhamento de notícias falsas e especulações, vindas de fontes não seguras. (Alana Vivas, consultora pedagógica do SAS)

6 – A inversão da pirâmide etária brasileira e a inclusão social do idoso

A população brasileira tem passado nos últimos 70 anos por uma inversão em sua pirâmide etária. O IBGE realizou um estudo em 2016 apontando a redução da taxa de natalidade e a longevidade da população brasileira. Mudanças socioeconômicas, avanços tecnológicos, processo de urbanização e políticas públicas mais consistentes garantiram expressiva melhoria na qualidade de vida do brasileiro. Entretanto, há consequências. Atualmente somos considerados um país adulto, e a estimativa é que até 2050 passemos à categoria de país idoso. O país conta com mais aposentados do que contribuintes, o que deu precedente à reforma da previdência proposta pelo atual governo. Hoje, a média de idade em que um cidadão começa a receber o benefício da aposentadoria é 54,7 anos de idade. A intenção é aumentar a idade mínima para 60 anos, considerando especificidades de algumas carreiras, como os docentes e militares. Voltando ao tema das mudanças na Aposentadoria no Brasil, sugerido pelos professores do SAS como Tema de Redação Enem 2017, um dos argumentos protestados pela grande massa que se opõe à reforma é que o benefício geralmente não é o suficiente para garantir uma vida confortável ao aposentado ou pensionista. Outro agravante é que o mercado de trabalho brasileiro ainda vê com preconceito idosos que buscam recolocação. Algumas melhorias que podem ser consideradas para o caso é a ampliação da oferta de cursos voltados para a área geriátrica, serviço médico especializado, transporte público apropriado para idosos, programas de formação continuada e garantia de postos de trabalho para aqueles que desejam permanecer contribuindo. (Vinicius Beltrão, consultor pedagógico do SAS)

7 – O conceito de família no século XXI

A concepção de família no mundo tem mudado significativamente desde o século passado. A família nuclear composta por pai e mãe, hoje divide espaço com mães que optam pela produção independente, casais homoafetivos, crianças que são criadas por avós, casais demasiado jovens, entre outros.  A imagem familiar em que o homem trabalha e a mulher fica em casa cuidando dos filhos parece distante. Hoje, homens e mulheres conquistam o mercado de trabalho em igualdade. A educação dos filhos fica por conta das escolas, em sua maioria em tempo integral, que assumem a responsabilidade pelos pequenos. Os direitos conquistados por casais homoafetivos também colaboram para essa mudança. Por outro lado, há quem ainda se choca com essa nova concepção familiar, como grupos religiosos que defendem a família tradicional e políticos conservadores que tentam aprovar projetos de lei que representam retrocessos nas conquistas sociais alcançadas. Retornando ao tema proposto pelos professores do Sistema SAS (Sistema Ari de Sá Plataforma de Ensino), vive-se em um momento de evolução de direitos e liberdades individuais da sociedade contemporânea. Cabe ao poder público assegurar legalmente as diversas formações familiares, garantindo proteção física, moral e psicológica a cada um dos seus constituintes. (Vinicius Beltrão, consultor pedagógico do SAS)
Em geral, assuntos são cíclicos e contemplam questões como cidadania, imigração, intolerância, publicidade, trabalho, ética, preservação ambiental, infância, respeito aos idosos e demais aspectos sociais e comportamentais.

FONTE: Blog do ENEM

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