Na quinta-feira (07)
foi realizado no auditório da EEEP Wellington Belém de Figueiredo a Palestra - GÊNERO
E INCLUSÃO NO AMBIENTE EDUCACIONAL com a Profª Mestra Tayane Silva – tendo como
público os alunos das turmas dos 1º anos.
A Profª Tayane
começou fazendo uma diferença entre IDEOLOGIA e GÊNERO. Afirmou que Ideologia e
gênero são conceitos. Logo, conceito é noção, concepção, ideia ou representação
geral abstrata de uma realidade, produzida por intelectuais. Portanto, uma
unidade de conhecimento científico, portadora de significado: diz o que uma
coisa e/ou como funciona. Daí a importância da alfabetização conceitual,
concluiu.
Na ocasião fez uma
reflexão: “Estão dizendo por aí que
existe uma tal de “ideologia de gênero”, que é algo ruim e que por isso deve
ser proibido. Há até legisladores, propondo leis sem torna-se conhecedores de
tais assuntos”, afirmou a Professora Tayane Silva.
De acordo com as
informações socializadas na Palestra:
A “ideologia de
gênero” surge como uma reação conservadora, que alia grupos conservadores,
religiosos, cristãos, evangélicos, para denunciar uma suposta ideologia de
gênero. Tal pensamento busca recuperar o espaço que a igreja perdeu ao longo do
tempo. Conter o avanço de políticas que garantam a ampliação dos direitos das
mulheres, pessoas não heterossexuais. (Re)naturalizar o conceito de família.
Mas afinal, O que é gênero?
O conceito de gênero
vem sendo elaborado pela teoria feminista desde os anos de 1970, visando
desnaturalizar as diferenças e denunciar as desigualdades de sexo. Propõe que a
causa da desigualdade é social, cultural e não biológica, natural. As relações de
gênero são relações de poder. Gênero não é sexo! Sexo, sexualidade, gênero,
identidade de gênero e orientação sexual são conceitos distintos. Gênero é
tanto identidade individual quanto social. Em síntese: sexo (macho/fêmea) não
determina gênero (masculino/feminino). Opor-se ao binarismo (homem/mulher) os
gêneros são múltiplos, instáveis e fluidos, discursivos.
Gênero corresponde
aos processos individuais, sociais, institucionais, nunca finalizados. Os
papeis sociais vão se constituindo como masculino e feminino em meio a cultura
e às relações de poder. As diferenças não são simplesmente dadas pela natureza,
mas produzidas pela cultura.
Se liga! Qual o problema afinal?
O problema consiste
em acreditarmos que os homens são potencialmente violentos. Que as mulheres são
naturalmente “amélias”, incapazes, escravas sexuais e domésticas. Que falar
sobre gênero é opor-se a família heterossexual. O problema reside em negar a
diversidade.
E agora, qual será a solução?
Gênero atravessa as
relações escolares e deve interessar a educadores, alunos e demais membros da
sociedade civil. É preciso estudar e entender gênero, sua construção e suas
implicações para o desenvolvimento humano e para a vida coletiva. É preciso
repensar as imposições postas pela sociedade. É preciso romper com a cultura do
ódio.
O estudo de gênero
não busca modificar a sexualidade de ninguém. Discutir gênero é respeitar as
diferenças. Discutir gênero é falar sobre feminicídio; É falar sobre violência
doméstica. É falar sobre homofobia. É falar sobre preconceito.
PRECISAMOS FALAR DE GÊNERO, pois enquanto nos
calamos pessoas estão sendo mortas, torturadas fisicamente e psicologicamente! Não existe neutralidade. Ou você está do lado
do oprimido ou dos opressores! As discussões sobre gênero ficam e seu
preconceito sai!
TODOS
JUNTO POR UMA CULTURA DA PAZ!
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